terça-feira, 25 de outubro de 2011

Menos PIB e menos inflação

Mais uma vez, cai a expectativa do mercado financeiro quanto ao crescimento do PIB neste ano: de 3,42% para 3,30%, segundo a edição desta semana do relatório Focus, distribuído pelo Banco Central. Boa notícia é que também foi reduzida a projeção de inflação neste ano, com IPCA fechando dentro do limite da meta, 6,50% (antes, estava em 6,52%).

2012
Para 2012, o Focus antecipa PIB avançando 3,51% (antes, 3,60%) e IPCA terminando em 5,60% - depois de sete semanas com estimativa de alta (antes, 5,61%).

Selic
Quanto à Selic, os analistas ouvidos pelo Focus indicam, mais uma vez, taxa fechando este ano em 11% e em 10,50% o próximo. Há um mês o mercado previa Selic a 10,75% para o fim de 2012 e os mesmos 11% para o final deste.

Dólar
Idem quanto a taxa do dólar ao final deste ano, R$ 1,75, à média de R$ 1,66. Para 2012, dólar igual, com média de R$ 1,74.

IGPs
A inflação deve ceder também na medição pelos outros índices, este ano: IGP-DI de 5,87% (antes, 5,92%) e IGP-M de 5,87% (antes, 5,87%). Mas para 2012, a projeção é de alta no IGP-DI (de 5,15% para 5,17%) e no IGP-M (de 5,26% para 5,29%). Para os preços administrados, alta de 5,80% este ano (antes, 5,80%) e dos mesmos 4,55% em, 2012.

Reajuste no preço do combustível
Na reunião do conselho de administração desta quinta-feira, a Petrobras vai discutir reajuste os preços dos combustíveis, sem aumentar o custo ao consumidor, obtendo do governo redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

Baixa no gás 1
Nota da Petrobras: a estatal "resolveu, a seu exclusivo critério, aplicar novo desconto nos contratos de gás natural com reajuste em 1º de novembro de 2011, de modo a manter a atual competitividade do energético no mercado. A partir de 1° de novembro será praticado 18,6% de desconto, referente à integralidade da variação dos indexadores de reajuste trimestral (cesta de óleos combustíveis internacionais). Nos trimestres anteriores o desconto havia sido de 9,7%, em 1° de maio, e de 14,3%, em 1° de agosto".

Baixa no gás 2
De acordo com os contratos, são permitidos reajustes trimestrais. Em novembro, o preço do gás natural nacional firme será reajustado para, na média, R$ 0,844/m³. Com o desconto de 18,6%, o preço a ser pago pelas distribuidoras será reduzido para R$ 0,69/m³, em média.

Baixa no gás 3
Diz ainda a nota: "a decisão levou em conta o cenário recente de evolução dos preços dos energéticos e suas conseqüências sobre os valores estipulados nos contratos de gás natural de origem nacional. O desconto não constitui mudança nas fórmulas de precificação dos contratos de gás ou novo acordo, mantendo-se, portanto, inalterados todos os instrumentos contratuais vigentes".

Imposto no óleo e gás
E a China estabeleceu um imposto nacional temporário para recursos naturais de 5% sobre petróleo bruto e gás natural, a partir de 1º de novembro informa o Ministério de Finanças. O mercado esperava taxa de até 10%. A receita será destinada a projetos de petróleo e gás em várias das onze províncias do país.

Contas nacionais
Mais Focus: a relação dívida pública líquida/PIB ao final deste ano será de 39% e 38% no próximo (como antes previsto). O ano termia com déficit em conta corrente de US$ 55,1 bi (menos que antes, US$ 55,3 bi). Em 2012, sobe de US$ 68 bi para US$ 68,310 bi. O saldo da balança comercial será de US$ 27 bi neste ano e de US$ 18,9 bi no próximo (as previsões anteriores, pela ordem, eram de US$ 26,4 bi e US$ 18,450 bi). E o ingresso de investimento estrangeiro continua, este ano, em US$ 60 bi, mas sobe, no próximo, de US$ 50 bi para US$ 51,8 bi.

Saldo do ano: US$ 23,6 bi
Informa o Ministério do Desenvolvimento, nos 203 dias úteis de 3 de janeiro a 24 de outubro,o Brasil exportou US$ 205,086 bi e importou US$ 181,479 bi, com aumento de 29,8% nas exportações e de 26,4% nas importações sobre o mesmo período de 2010. O saldo está, este ano, 63,2% maior que o de 2010 e a corrente de comércio soma US$ 386,565 bi, valor 28,2% maior que o do mesmo período no ano passado. 

Fonte: O dia-a-dia da economia, por Joelmir Beting

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