quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Alguém para seguir


Como se tornar um líder de RH e influenciar, de fato, os colaboradores

De acordo com John Maxwell, palestrante e escritor, liderar é influenciar, nada menos, nada mais. Esse processo não é muito diferente para o líder de recursos humanos, pois sua missão é influenciar as pessoas da organização a buscarem cada vez mais conhecimento e aprimoramento - seja técnico ou comportamental -, conduzindo esses grupos a conquistarem resultados sustentáveis. Para isso, o gestor da área de RH precisa inicialmente buscar o seu próprio desenvolvimento e aperfeiçoamento, conhecendo os mais modernos conceitos de gestão de pessoas como treinamentos, avaliações de desempenho, pesquisas de clima organizacional, coaching e ferramentas que possibilitam uma melhor forma de contratar as pessoas certas para os lugares certos. No que se refere à contratação, existem no mercado algumas ferramentas que possibilitam à área contratar melhor, isto é, conseguir, até mesmo antes da entrevista inicial, informações técnicas e comportamentais desses candidatos, aumentando em muito a possibilidade de uma contratação mais assertiva ou pelo menos já sabendo de antemão quais os gaps desse profissional. Um líder da área de RH detém esse conhecimento e faz com que a carreira de um profissional dentro da empresa comece de uma forma mais correta.

Para uma equipe que já está contratada e composta, o líder deve conhecer e implantar ferramentas de pesquisa de clima organizacional e avaliação de desempenho para ajudar os colaboradores a atingirem os resultados esperados e evoluírem na carreira. Outra preocupação básica de um líder de RH é construir a cultura de desenvolvimento das pessoas baseadas nos três "Fs" do desenvolvimento.

O primeiro é o do fundamento, isto é, transmitir conceitos por meio de palestras e treinamentos. Trata-se de dar subsídios aos colaboradores para aprenderem cada vez mais. O segundo "F" é o feedback. Sabemos que a maioria das pessoas tem dificuldades em enxergar as suas limitações técnicas e, principalmente, as comportamentais. O feedback assertivo de um líder para um liderado, ou de um par para outro, permite que as pessoas se percebam mais e, com isso, façam mudanças para conquista dos seus resultados. Já o terceiro é o da fricção. Esse líder sabe que não são palestras e treinamentos proferidos sem sistemáticas que promovem as mudanças nas pessoas. Ele sabe que é necessária a constante aplicação dos dois primeiros "Fs" para fazer com que as pessoas se desenvolvam, ou seja, é necessário um fundamento para palestras e treinamentos; e feedbacks constantes para que as pessoas cheguem a patamares mais elevados na organização.
Um líder de RH completo é aquele que incentiva as pessoas a conhecerem as suas limitações e, a partir daí, buscarem o desenvolvimento contínuo. Além disso, é aquela pessoa que sabe que apenas com o constante aprimoramento os profissionais estarão prontos para encarar de forma assertiva novos desafios. Nota-se que há diferentes estilos de lideranças, porém o líder completo deve desenvolver as seguintes habilidades para atingir metas e objetivos dentro da equipe e da empresa, independentemente de seu perfil:

1 Comunicação assertiva: ele deve saber identificar na equipe quais as pessoas que têm mais influência dentro do grupo e conversar antes com elas, inspirando e envolvendo-as individualmente. Assim, esses profissionais podem ajudar na disseminação de conhecimentos e práticas.

2 Inovação: é preciso motivar a equipe para superar metas com novos recursos - de tecnológicos a logísticos. 

3 Trabalho em equipe: para facilitar o trabalho em equipe, o líder deve apresentar os objetivos de forma clara, distribuir funções adequadamente, solucionar conflitos e relacionar-se bem com a equipe. O líder deve trabalhar como um time, visando objetivos comuns e cooperando uns com os outros.

4 Gestão de pessoas: é vital para um líder conhecer seus liderados, saber quais as potencialidades profissionais, como montar um time equilibrado para o trabalho fluir com eficácia. Transmita entusiasmo no trabalho.

5 Administração do tempo: priorizar o que é mais importante, delegar tarefas que podem ser realizadas pela equipe e organizar reuniões produtivas. Saber dizer "não" para tarefas sem importância é essencial nesse contexto.

6 Planejamento estratégico: o plano de metas global da empresa deve ser de conhecimento de todos. O líder deve sentar-se individualmente com a pessoa ou com a equipe e detalhar a parte que cabe a cada profissional, pois todos têm valores a agregar.

7 Delegação: é essencial transferir responsabilidades e acompanhar seu cumprimento, definindo tempo para que o colaborador apresente o trabalho. 

8 Foco no cliente: surpreenda as expectativas do cliente e inspire seus colaboradores a ter atitude proativa. Atitudes e estratégias inovadoras serão reconhecidas.

*Ricardo Piovan é consultor organizacional, diretor do Portal Fox e autor do livro O Líder Completo, da Reino Editorial.

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