sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Coaching Executivo


No Mundo Corporativo estamos acostumados ao surgimento de modismos, empacotados por nomes bonitos e imponentes, mas que muitas vezes não passam de “um jeito novo de dizer coisas antigas”, aumentando nossa desconfiança em relação às novidades sérias que surgem no mercado.
  
É por isso que, antes de falar sobre o que ele significa, é preciso enfatizar que Coaching não é apenas um modismo, mas uma poderosa ferramenta de desenvolvimento de liderança, e quando utilizado com profissionalismo e seriedade traz enormes benefícios, tanto para as pessoas como para as empresas. Através do Coaching, as pessoas aprofundam seu aprendizado, melhoram seu desempenho e conquistam mais qualidade de vida, por isso, o Coaching é recomendado, dentre outras possibilidades, nas seguintes situações:
  • Líderes em situação de ampliação ou mudança de responsabilidades;
  • Profissionais com dificuldades específicas;
  • Processos de mudança organizacional;
  • Qualidade dos relacionamentos interpessoais;
  • Questões de eficiência, equilíbrio, produtividade e qualidade de vida;
  • Desenvolvimento de competências organizacionais;
  • Alinhamento de metas entre profissional e organização; 
  • Desenvolvimento de habilidades e comportamentos;
  • Inteligência emocional e Inteligência Espiritual;
  • Formação de equipes de alto desempenho;
  • Aumento de eficácia na Liderança;
  • Geração de maior senso de responsabilidade por sua própria vida e pela vida dos outros. 
Atualmente, muitas organizações nacionais e multinacionais contratam este serviço para apoiar no desenvolvimento de seus gestores, principalmente no que se refere a habilidades de liderança, já que o Coaching Executivo:
 
  • Auxilia as pessoas a aprimorarem seus comportamentos para maior eficiência na conquista de resultados concretos;
  • Apóia no desenvolvimento de competências como: Comunicação, Assertividade, Inteligência Emocional, Resiliência, Resolução de Conflitos, Delegação, Criatividade, e muitas outras;
  • Ajuda o profissional a reorientar suas atitudes, para que estejam alinhadas aos seus talentos, preferências, objetivos, valores e missão de vida, visando um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
  • Refina a capacidade de liderança dos gestores, ajudando-os a tornarem-se líderes-coach, e assim formarem equipes de alto desempenho;
  • Ajuda o profissional a ser mais eficaz em sua posição atual e o prepara para futuras promoções. 
Pesquisas efetuadas com profissionais que passaram pelo processo de Coaching Executivo mostram os seguintes benefícios:
  • Trabalho em equipe (67%)
  • Relacionamento com pares (63%)
  • Satisfação no trabalho (61%)
  • Aumento de produtividade dos executivos (53%)
  • Redução de conflitos (52%)
  • Qualidade (48%)
  • Organização (48%)
  • Comprometimento com a organização (44%)
  • Atendimento ao cliente (39%)
  • Retenção dos executivos (32%)
  • Redução de custos (23%)  
A Revista Fortune publicou recentemente o resultado de uma pesquisa feita com executivos que passaram pelo processo de Coaching, que classificam o retorno quantitativo em seis vezes o valor investido, apontando as seguintes melhorias como principais: 
  • Melhor relacionamento com seus subordinados: 77%
  • Melhor relacionamento com seu superior: 71%
  • Melhor relacionamento com seus pares: 63%
  • Aumento do nível de satisfação com o trabalho: 61%
  • Aumento de comprometimento com a organização: 44%
Outro estudo publicado no Public Personnel Management Journal concluiu que os profissionais que apenas participaram de determinado treinamento gerencial aumentaram em 22,4% sua produtividade, enquanto os que passaram pelo processo de coaching, após esse mesmo treinamento, aumentaram sua produtividade em 88%.

Como não existe uma palavra em português que reflita o significado de Coaching, o mercado adotou os termos em inglês como oficiais, sendo que Coaching representa o processo em si, Coach o profissional que aplica o processo de Coaching, e Coachee o profissional que participa do processo como cliente.

Coaching é um processo que ajuda as pessoas a se desenvolverem e chegarem a lugares onde sozinhas não conseguiriam. E por ter esta natureza, o Coaching não é algo que acontece às pessoas, mas através das pessoas.

Como seres humanos, temos a tendência de nos comparar com as pessoas que estão ao nosso redor ao invés de olharmos para aquilo que realmente poderíamos ser. Existe ainda uma predisposição natural de que o cérebro humano continue a fazer aquilo para o qual está neurologicamente programado e acostumado, limitando-nos e impedindo-nos de chegar aonde nosso potencial poderia nos levar. Durante um processo de coaching as pessoas são conduzidas a enxergar o seu verdadeiro potencial para então compará-lo com seu desempenho atual, desenvolvendo um plano específico para atingi-lo. É por isso que o Coaching é imprescindível na vida de um líder que persegue a excelência, para si e para seus liderados, e que deseja maximizar o desempenho de sua equipe.

No mundo dos esportes, por exemplo, é praticamente impossível pensar em uma equipe ou atleta de sucesso sem relacioná-lo ao seu técnico ou treinador. Basta pensar no Guga que naturalmente o associamos ao Larri Passos, e a seleção masculina de vôlei ao Bernardinho. Será que a equipe do São Paulo Futebol Clube teria conseguido seus títulos mundiais sem Telê Santana? Os próprios atletas reconhecem publicamente que o sucesso alcançado nestes esportes, seja individual ou coletivo, somente se tornou possível devido à atuação e influência destes coaches em sua vida profissional e pessoal.

A verdade é que um profissional dificilmente maximizará seu potencial sem informações vindas de fora, porém, quanto mais este profissional cresce na estrutura organizacional e em responsabilidade, mais solitário ela fica, aumentando, dessa maneira, a necessidade de alguém que o ajude a refletir sobre sua atuação e seu desempenho. Sem a ajuda de um coach, a auto-suficiência, o tempo, a idade e a experiência tendem a deixar o profissional se movendo em uma areia movediça, fazendo as mesmas coisas, do mesmo jeito, a espera dos mesmos resultados, impedindo-o de tornar-se o profissional que poderia ser.

Podemos observar que uma das principais características dos grandes líderes é a avidez pelo aprendizado, que pressupõe a atitude de submeter-se a instrução de outras pessoas, ainda que estas pessoas não sejam melhores que eles naquilo que fazem. Larri Passos, por exemplo, nunca jogou tênis tão bem quanto o Guga; Bernardinho foi um bom jogador de vôlei, mas nunca foi melhor que seus atletas. É por isso que o coach se torna um precioso aliado em nossa caminhada, não pelo que ele pode saber, mas por aquilo que ele nos faz enxergar em nós mesmos, empenhando-se para ajudar-nos a diminuir a distância entre o nosso potencial e o nosso desempenho.

É muito importante saber o que o Coaching pode ou não fazer por você, sua liderança, seus liderados e sua empresa, por isso, permita-me esclarecer rapidamente algumas dúvidas, verdades e mitos sobre este assunto: 
  • Coaching não é aconselhamento. Apesar da tendência que os seres humanos têm de dar e receber conselhos por entenderem que a melhor maneira de resolver uma situação é dizendo aos outros o que fazer, o objetivo principal do Coaching não é aconselhar, mas gerar aprendizado e facilitar o desenvolvimento de habilidades nas pessoas.
  • Coaching não é psicoterapia: Apesar de contarmos com muitos psicólogos atuando como coaches, o Coaching não pode ser confundido com terapia porque trabalha com o desenvolvimento de competências comportamentais que nos levem a atingir metas e objetivos futuros, enquanto a psicoterapia trabalha com resolução de traumas e dores do passado. São coisas totalmente diferentes.
  • Coaching não é solução para ajustar comportamentos problemáticos: O objetivo do Coaching não é consertar comportamentos ou mudar as pessoas, mas ajudá-las a expandir seu leque de opções e respostas diante das situações, aumentando assim suas chances de sucesso, porque, sem que haja esta expansão, temos a tendência de repetir o que já sabemos, mesmo quando as situações exigem que tenhamos atitudes e comportamentos diferentes.
  • Coaching não é avaliação de desempenho: O papel do coach não é de avaliar o desempenho das pessoas e apenas indicar o que precisa ser melhorado; seu papel é de identificar competências a serem desenvolvidas para que as pessoas alcancem excelência naquilo que fazem, apoiando-as e dirigindo-as neste processo.
  • Coaching não é bate-papo: Lembre-se de que Coaching não é algo que acontece às pessoas, mas através das pessoas, e para que algo aconteça por meio de alguém, é preciso que esse alguém tenha um profundo compromisso com aquilo que deseja e participe ativamente do processo, portanto, apesar do coach ter um importante papel neste processo, o maior responsável pelos resultados é o próprio coachee, através de seu empenho no cumprimento do plano de ação.
  • Coaching interno não funciona: O processo de Coaching deve ser conduzido por um profissional especialmente contratado para este fim, já que líderes que ocupam posições mais estratégicas dentro da organização, como empresários, executivos, diretores e gerentes, se sentiriam mais confortáveis em conversar e receber feedback de um profissional alheio ao contexto da organização; alguém com quem sua relação seja estritamente profissional. Estes líderes buscam um interlocutor que os possa apoiar em questões difíceis de compartilhar com as pessoas à sua volta, sejam elas superiores ou pares; para eles, ter um coach com quem convivem diariamente seria um fator inibidor que certamente afetaria os resultados do processo.
O desenvolvimento do processo de Coaching Executivo se dá por meio de sessões individuais, semanais, presenciais ou telefônicas, que ocorrerão sem interrupções, com duração aproximada de uma hora. Para cada competência ou comportamento a ser trabalhado, o número médio de reuniões fica entre oito e treze. As duas primeiras sessões são dedicadas ao levantamento de informações e expectativas do coachee.

Resumidamente, isso é Coaching Executivo: um dos mais valiosos recursos para aqueles que buscam excelência naquilo que fazem. Se você tiver alguma dúvida, estou a disposição para esclarecê-la. Não se esqueça: Ninguém muda ninguém, mas ninguém muda sozinho.

Por Marco Fabossi – Palestrante, Escritor e Consultor – retirado do site http://www.marcofabossi.com.br/

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