Empresas escolhem não crescer muito e se tornam cobiçadas. O que você pode aprender com elas
Terminava o ano de 1926. Na esquina das ruas Augusta e Oscar Freire, então sementes do que se tornaria mais tarde o bairro dos Jardins, em São Paulo, o português Daniel Lopes abria um pequeno armazém, bem diferente daqueles que seus conterrâneos haviam instalado em vários outros pontos da cidade. A ideia era trabalhar com conceito de variedade e qualidade, oferecendo os melhores alimentos produzidos no Brasil e no mundo.
Embora pequeno, o comércio, batizado de Casa Santa Luzia, se diferenciava pelos produtos importados e pelo atendimento personalizado. "Somos uma casa só e é por isso que temos condições de oferecer um serviço através do qual cada cliente deve se sentir como se fosse o único", costumava dizer naquela época o velho Lopes. A lição, passada na década de 50 ao filho Álvaro Lopes, ao genro João Nunes Pereira e ao sobrinho Jorge Lopes, todos ainda hoje à frente do negócio, atravessou oito décadas. Sobreviveu à mudança de endereço para a sede própria na alameda Lorena, no mesmo bairro, aos vários planos econômicos e à tentação de expandir seus domínios.
Com uma oferta de 17.000 itens, a Casa Santa Luzia é um clássico exemplo do que os estudiosos chamam de pequenas gigantes, empresas que se mantêm pequenas por filosofia, mas trabalham e oferecem produtos e serviços com a qualidade de gente grande. Brilham e são cobiçadas justamente porque fogem do lugar-comum. "Mais do que pensar em lucros e no crescimento desenfreado, elas concentram os seus esforços na ambição de se tornar as melhores naquilo que fazem", afirma o americano Bo Burlingham, autor do livro Pequenos Gigantes, lançado em português pela Editora Globo.
Com uma oferta de 17.000 itens, a Casa Santa Luzia é um clássico exemplo do que os estudiosos chamam de pequenas gigantes, empresas que se mantêm pequenas por filosofia, mas trabalham e oferecem produtos e serviços com a qualidade de gente grande. Brilham e são cobiçadas justamente porque fogem do lugar-comum. "Mais do que pensar em lucros e no crescimento desenfreado, elas concentram os seus esforços na ambição de se tornar as melhores naquilo que fazem", afirma o americano Bo Burlingham, autor do livro Pequenos Gigantes, lançado em português pela Editora Globo.
Conhecer as peculiaridades da empresa e do público-alvo, marcar presença o tempo todo e não abrir mão da cria são apenas algumas das características dos empreendedores que buscam sempre o melhor e não acham graça em crescer por crescer. Veja a seguir como se comportam os empreendedores por trás de uma empresa vista como uma pequena gigante e saiba se a sua empresa tem o perfil para ser uma delas.
Perfil do dono
Perfil do dono
- Prefere não se concentrar nos lucros ou na expansão geográfica, pois considera que isso é consequência de um trabalho bem-feito
- É a alma do negócio, a quem empresta a sua própria personalidade
- Sente uma paixão acima da média pela empresa e pelas pessoas que nela trabalham
- Dá grande valor ao relacionamento mantido com os clientes e, por isso, gosta de fazê-lo pessoalmente. Muitos chamam os fregueses pelo nome e sabem de suas preferências
- Apresenta total controle do negócio (muitos são centralizadores) e constrói empreendimentos nos quais realmente gosta de trabalhar
Perfil das pequenas gigantes
- São empresas admiradas e despertam nas pessoas a vontade de se associar a elas
- Muitas têm sua excelência reconhecida por instituições independentes de seus setores de atividade ou ligadas a eles
- Recebem inúmeras opções de compra e ignoram o clássico conceito de que as empresas precisam crescer para ganhar respeito e não morrer
- Reconhecem a propaganda boca-a-boca como o seu instrumento de marketing mais eficaz
Fonte: Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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