O comerciante, seja de bens ou de serviços,
precisa abandonar o modelo de vendas "umbigo no
balcão" e passar a vender com "conversa
no pé do ouvido". A opinião é
de Francisco Javier Sebastian Mendizabal, sócio
fundador da Trade Marketing, que participou, na manhã
de ontem (5), do seminário "O Consumidor
do Futuro", organizado pela Federação
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
"O comércio precisa passar a pensar o consumidor
como indivíduo e se dedicar a oferecer boas experiências
de compra", afirma Mendizabal. "Hoje, o 'como'
impacta mais na satisfação do consumidor
do que o 'o que'", completa.
Para o presidente do Conselho de Criatividade e Inovação
da FecomercioSP, Adolfo Melito, o mercado está
passando por uma mudança de paradigmas. "Até
ontem, a mentalidade dominante foi a do 'pensar global,
agir local', mas, a partir de agora, teremos que pensar
local e agir global", pondera.
Melito explica que as empresas devem buscar mais interação
com seu público, seja para criar laços
ou para aproveitar a criatividade de indivíduos.
"Os produtos serão, cada vez mais, pensados
a partir da opinião de pessoas e depois tem ampliado
o alcance daquele produto para outras comunidades, países
e culturas", prevê. "A lógica
mudou completamente."
O italiano Francesco Morace, sócio fundador
da Future Concept, avalia que o consumidor do futuro
"é cada pessoa que não está
contente com o estilo de vida atual, que não
se contenta em enquadrar em um estilo, uma casinha fechada
e ficar lá". "As empresas precisam
entender que cada consumidor é o centro do próprio
mundo", alerta.
A posição é corroborada por Ivan
de Moura Campos, sócio fundador da Zaphee, que
aponta que a melhor forma de entender esse consumidor
é estar sempre atento a seus anseios e manifestações.
"A única certeza que temos é que,
não importa o que acontecer, o consumidor moderno
vai opinar."
Campos destaca que as redes sociais precisam ser acompanhadas
de perto pelas empresas e alerta que não basta
ver o que está acontecendo, é preciso
participar. "Saber o que os consumidores estão
pensando a respeito de seus produtos e serviços
e providenciar respostas rápidas para os clientes
é vital para a perenidade das empresas"
resume.
Fonte: Canal Executivo
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