quarta-feira, 6 de junho de 2012

Estudo da FecomercioSP aponta tendência para o comércio

O comerciante, seja de bens ou de serviços, precisa abandonar o modelo de vendas "umbigo no balcão" e passar a vender com "conversa no pé do ouvido". A opinião é de Francisco Javier Sebastian Mendizabal, sócio fundador da Trade Marketing, que participou, na manhã de ontem (5), do seminário "O Consumidor do Futuro", organizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

"O comércio precisa passar a pensar o consumidor como indivíduo e se dedicar a oferecer boas experiências de compra", afirma Mendizabal. "Hoje, o 'como' impacta mais na satisfação do consumidor do que o 'o que'", completa.

Para o presidente do Conselho de Criatividade e Inovação da FecomercioSP, Adolfo Melito, o mercado está passando por uma mudança de paradigmas. "Até ontem, a mentalidade dominante foi a do 'pensar global, agir local', mas, a partir de agora, teremos que pensar local e agir global", pondera. 

Melito explica que as empresas devem buscar mais interação com seu público, seja para criar laços ou para aproveitar a criatividade de indivíduos. "Os produtos serão, cada vez mais, pensados a partir da opinião de pessoas e depois tem ampliado o alcance daquele produto para outras comunidades, países e culturas", prevê. "A lógica mudou completamente."

O italiano Francesco Morace, sócio fundador da Future Concept, avalia que o consumidor do futuro "é cada pessoa que não está contente com o estilo de vida atual, que não se contenta em enquadrar em um estilo, uma casinha fechada e ficar lá". "As empresas precisam entender que cada consumidor é o centro do próprio mundo", alerta.

A posição é corroborada por Ivan de Moura Campos, sócio fundador da Zaphee, que aponta que a melhor forma de entender esse consumidor é estar sempre atento a seus anseios e manifestações. "A única certeza que temos é que, não importa o que acontecer, o consumidor moderno vai opinar." 

Campos destaca que as redes sociais precisam ser acompanhadas de perto pelas empresas e alerta que não basta ver o que está acontecendo, é preciso participar. "Saber o que os consumidores estão pensando a respeito de seus produtos e serviços e providenciar respostas rápidas para os clientes é vital para a perenidade das empresas" resume.

Fonte: Canal Executivo

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