quarta-feira, 25 de julho de 2012

O poder da marca

Das embalagens às redes sociais, as marcas evoluiram e se adaptaram para nos atrair cada vez mais.

Entre uma passada e outra, em uma praia deserta, uma concha sobre a areia. Que jogue a primeira pedra quem nunca pegou a tal concha e levou para casa, na tentativa de materializar um momento especial. Esse é uma das mais singelas - e populares - cenas de consumo primitivo. Não há como negar que o ato de recolher e acumular objetos em torno de si é uma das características mais elementares do comportamento do ser humano.

No caso da concha, o primeiro encantamento é com a beleza. No mercado de varejo não é diferente: poucas ferramentas podem ser tão eficientes para te seduzir quanto uma boa embalagem. Considerando que em quase todos os tipos de varejo o autoatendimento é a modalidade padrão, agências de publicidade em todo o mundo andam fazendo a maior ginástica para fazer com que você se apaixone pelos produtos antes mesmo de prova-lo. "Nos apaixonamos pelo olhar e consumimos pelo tato", afirma Gilberto Strunck, sócio-fundador da Dia Comunicação e autor do livro Compras por Impulso (2AB, 2011).

Após anos de demanda reprimida, hoje o brasileiro também quer entrar na festa do consumo. No entanto, a condição dos entrantes é diferenciada. As redes sociais entregaram boa parte do poder de escolha nas mãos do próprio consumidor. "A natureza das relações entre marca e consumidor ficou mais complexa. Sempre fomos apenas receptivos à mensagem das marcas e hoje, com o canal criado pelas redes, direcionamos o diálogo", lembra Strunck.

O consumidor está "muitíssimo mais poderoso" e com isso, algumas exigências vêm sendo feitas. O bom relacionamento das marcas com seus clientes tem sido a palavra de ordem para as companhias comprometidas em acompanhar a evolução dos mercados. "Hoje, basta uma marca conseguir fazer uma venda qualificada para criar um vínculo e, pelas redes, as pessoas se influenciam", explica Strunck.

A fan page da Coca-Cola no Facebook, por exemplo, surgiu da iniciativa de consumidores realmente fãs da bebida. Só depois a marca passou a administrá-la. Para Pedro Dale, gerente de mídia social da Coca-Cola no Brasil, as redes são fundamentais na construção da postura da marca e para estreitar a relação com os consumidores.

Segundo Vicente Rezende, diretor de marketing da Nova Pontocom, a equipe que vai lidar com redes sociais precisa ser muito bem escolhida, porque "é mais fácil destruir nas redes do que construir", já que a repercussão negativa é difundida com facilidade. "E para lidar com isso, ninguém melhor do que os freaks de redes", defende.

Fonte: Você SA

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