quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O que faz o trabalhador brasileiro mudar de emprego

O trabalhador brasileiro é um dos que permanecem menos tempo no emprego em uma lista de 22 países, segundo o estudo "Rotatividade e Flexibilidade no Mercado de Trabalho", elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

E a média vem caindo ao longo do tempo, nos últimos 10 anos, até 2009, o tempo médio do trabalhador brasileiro em um mesmo emprego vem caindo. No ano 2000, a média era de 5,5 anos, número que recuou para 5,3 anos no período de 2001 a 2005, baixando em 2006 para 5,2 anos. Em 2007 e 2008, a média foi de 5,1 anos.

Confiante no bom momento econômico, o brasileiro parece ter perdido o medo de mudar de emprego, buscando por melhores salários e novos desafios na carreira com muito mais frequência. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o índice de trabalhadores há mais de 5 anos na mesma empresa caiu de 41,9% em 2006 para 36,4%, em abril de 2012.

Para conhecer melhor as motivações dos brasileiros na hora de mudar de emprego, o InfoJobs realizou uma pesquisa no mês de julho com mais de 30 mil profissionais. Para a maioria dos entrevistados, plano de carreira e reconhecimento profissional são os itens que mais motivam o trabalhador brasileiro a procurar uma nova oportunidade. A busca por um melhor salário aparece apenas na 3ª posição nesta lista de prioridades.

Entre os itens que se mostraram menos decisivos para incentivar uma mudança de emprego, estão a flexibilidade de horários e Programas de Participação nos Lucros.



“Benefícios atraentes e um bom ambiente de trabalho são requisitos mínimos para manter funcionários motivados e comprometidos. Para a empresa, o processo de retenção de talentos começa logo na contratação, quando o gestor deve procurar os perfis profissionais e psicológicos que mais se enquadrem à cultura da empresa”, afirma Joan Pallarès, COO do InfoJobs no Brasil.



A pesquisa também revela que aspectos, na opinião dos profissionais, devem ser melhorados pelas empresas para assegurar a retenção de funcionários. São eles: investimento em treinamentos e cursos de aperfeiçoamento. Oferecer um plano de carreira claro e factível e programas motivacionais também foram apontados como essenciais.

Cientes desta propensão do brasileiro a mudar de trabalho com frequência, muitas empresas já investem em novas formas de aumentar a satisfação dos funcionários e, assim, reter seus talentos. “Apenas oferecer um salário mais vantajoso não é o suficiente para reforçar seu time com os melhores talentos. O profissional de hoje quer trabalhar em uma empresa que reconheça seu desempenho, invista em seu desenvolvimento e lhe ofereça um plano de carreira”, conclui Pallarès.

Fonte: UOL - Consumidor Moderno


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