sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Perfil do pessoal de RH muda e ganha peso estratégico

Era DP, virou RH e, mais recentemente, DHO. E as mudanças não param por aí: o crescimento econômico, a crescente integração do Brasil à economia mundial e o tão propalado “apagão da mão de obra” têm levado as empresas a reinventar suas áreas de gestão de pessoas. Afinal, esses são os profissionais responsáveis justamente por atrair, reter, treinar e motivar a corporação a perseguir e alcançar seus objetivos. O Guia Salarial 2012, elaborado pela Hays em parceria com o Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, apresenta inúmeros dados sobre o mercado de RH no país.

De acordo com o estudo, criar políticas de incentivo e planos de retenção sem necessariamente aumentar custos é o desejo de dez entre dez empregadores. “Por isso, a tendência é buscar lideranças com visão estratégica, que falem a linguagem do negócio e contribuam ativamente para a conquista de metas e objetivos da empresa como um todo”, afirma André Magro, Gerente de Human Resources da HAYS em São Paulo. Nesse cenário, o ano de 2012 vem para consolidar a tendência de transformar o RH em área de negócios, e não apenas área de apoio.

O perfil do profissional de RH disputado pelas empresas também mudou. O Guia 2012 aponta que esse novo talento precisa ter características mais híbridas, porque as empresas esperam resultados mais tangíveis em planejamento e estratégia para o médio e longo prazos. 

“Mas, também na área de RH, as empresas têm se deparado com a escassez de mão de obra qualificada: ainda é difícil encontrar profissionais que entendam o core business das companhias nas quais atuam, que tenham uma visão estratégica com foco no negócio”, avalia André Magro, gerente da área de expertise de Recursos Humanos da Hays. 

E, se há necessidade de domínio de outro idioma, as opções tornam-se ainda mais escassas, especialmente fora do eixo Rio-São Paulo. Porém, o Brasil se tornou um headquarter para a América Latina, e é importante que esse profissional domine outros idiomas.

Em 2011, a busca foi por perfis com experiência em estruturas regionais, reportes internacionais e, consequentemente, inglês fluente. Os cargos mais requisitados para a Hays foram profissionais em posição de liderança com experiência em remuneração e benefícios, o que refletiu o enorme desafio das empresas de conciliar atração e retenção com competitividade econômica e desenvolvimento organizacional. Registrou-se também grande demanda por consultores internos de RH (os chamados business partners), focados no negócio. 

“Funções de cunho mais operacional, como folha de pagamento e controles, por sua vez, tendem a ser menos requisitadas, até porque a tendência de terceirização desses serviços é forte e deve permanecer. E, falando em 2012, o ano ainda registra um aumento tanto na busca de business partners quanto de posições técnicas, em áreas como relações sindicais, remuneração e gerências para reestruturação”, analisa Magro.

Empresas em busca de especialistas em relações trabalhistas e remuneração precisam de uma dose extra de flexibilidade na proposta financeira, pois esses são dois perfis em que há maior demanda que oferta: os poucos que existem estão bem alavancados em remuneração. 

Na disputa por talentos, as empresas têm sido mais agressivas na parte variável da remuneração – tendência que deve permanecer durante todo este ano, junto com flexibilidade de atuação e possibilidade de crescimento de carreira a longo prazo.

O Guia Salarial está em sua segunda edição, obtendo respostas de 700 entrevistados para o questionário de empresas e 3,5 mil para o de profissionais.

Fonte: Canal Executivo

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