O estilo japonês de gestão habita o imaginário:
funcionários disciplinados, alta tecnologia, inovação e resultados sempre muito
satisfatórios. Um dos grandes símbolos dessa cultura é a montadora Toyota,
criadora de uma metodologia de organização da produção que ficou conhecida por
toyotismo.
É com base na liderança deste modelo que
surge o livro “O modelo
Toyota de liderança lean”, de Jeffrey Liker - Ph.D., é professor de
engenharia industrial - e Gary Convis - ex diretor e membro do conselho de
administração da Dana Holding Corporation.
Lançado nesta semana, o livro explica que, na
cultura da empresa, o líder não está lá apenas para dar coordenar, mas,
principalmente, para otimizar a gestão da empresa. “A maior diferença está no
papel primário do líder, que é de desenvolver outras pessoas, como um professor
e treinador”, afirma Jeffrey Liker.
Exatamente por isso, o exercício da liderança dentro da
Toyota preconiza a participação ativa da liderança em todos os processos que
envolvem cada departamento, desde o chão de fábrica até os escritórios. “É
importante que ele esteja no chão de fábrica – onde o trabalho é feito.”
Resultado
Na prática, o resultado vem em produtividade. Segundo
Liker, esse é o melhor modelo para que haja um melhor desempenho sem excessos
de trabalho. O foco fica na gestão eficiente dos ativos da empresa. “É esperado
que os líderes da Toyota conheçam a rotina de trabalho em detalhe e compreendam
o contexto dos processos, usando o tempo para treinar e desenvolver os outros
para que os processos sejam continuamente melhorados”, afirma.
“Há foco na eliminação dos desperdícios, seja ele
de produção, manuseio ou tempo de espera”, afirma. “Os líderes não têm a
intenção de ficar chefiando corte de custos, mas sim reduzir todo o tipo de
excesso, para que os funcionários se foquem em agregar valor aos seus
trabalhos.”
Fonte: Exame
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