É possível explorar de forma mais eficiente o potencial produtivo de todas as cabeças que trabalham em uma empresa.
São
Paulo - Criatividade e inovação têm sido dois
pré-requisitos fundamentais para a sobrevivência de empresas no
cenário atual. No entanto, nem todo o dia é dia de grandes ideias e
inspirações.
Algumas
técnicas podem ser alternativas rápidas, práticas e baratas para
extrair o melhor da capacidade criativa das equipes. “São poucas
organizações que usam de fato essas técnicas e isso ajuda a
organizar a geração de ideias”, diz Valter Pieracciani, sócio
director da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas, especialista em
inovação.
Professor
do Innovation Belt – curso para certificação na área de gestão
da inovação-, Pieracciani conta quais são quatro técnicas que ele
ensina aos seus alunos para desenvolver o potencial criativo de suas
equipes.
1.
Seis chapéus
Uma
das práticas que mais impressiona os alunos do Ibelt é a técnica
dos “Seis chapéus”. “Os gestores gostam muito dessa prática
especialmente pela eficácia dela nas quatro direções da inovação
[produtos, processo, gestão e inovação do modelo de negócios]”,
diz Pieracciani.
Criada
por Edward de Bono, a técnica ajuda a desenvolver o chamado
“pensamento paralelo”. Todos os envolvidos no processo são
convidados a vestir os seis chapéus da criatividade em uma sequência
lógica.
Primeiramente,
vestem o branco, que avalia os dados e fatos da solução que precisa
ser criada. Na sequência, o vermelho serve para lembrar das
circunstâncias emocionais que envolverão a criação.
O
chapéu preto é convidado para lembrar dos pontos negativos e
obstáculos que podem ser enfrentados durante o percurso. O
pessimismo é sobreposto pela luminosidade do chapéu amarelo, que
deve sinalizar as oportunidades e os indicativos de prosperidade.
Por
fim, o verde aponta para as possibilidades de expansão das ideias
originais e o azul indica o planejamento tático da operação.
“Todos deverão vestir todos os chapéus para pensarem juntos de
forma mais completa”, afirma.
2.
World Café
O
método World Café prevê diálogos colaborativos para
compartilhamento do conhecimento e, assim, descobrir novas saídas
para problemas da empresa.
Criada
por Juanita Brown, a técnica preconiza uma espécie de “polinização
cruzada”. Os funcionários são colocados em diversas mesas para
debater temas relevantes para a empresa, como em um café.
De
tempos em tempos, um dos componentes troca de mesa, de forma a
compartilhar com os novos parceiros de café o que vinha sendo
debatido pela sua mesa anterior. A cada nova rodada, o assunto ganha
profundidade e abrangência.
3. Disney's
Storyboard
O
storyboard de Walt Disney era o local em que todos os desenhos eram
reunidos e reordenados, para criação de uma sequencia lógica bem
sucedida. Dentro da empresa, ele terá exatamente a mesma função:
tornar mais fácil o planejamento e edição do desenho animado –
no caso, do produto final. “Essa é uma ferramenta clássica para
criar espaços futuros”, afirma Pieracciani.
Sob
o título de assunto, os envolvidos fixam lembretes com os problemas
e questões a se resolver.
Em
“propósito” vêm os motivos que levam a equipe a explorar o
assunto e, por fim, sob o cabeçalho miscelânea estarão papeis com
todas outras possíveis ideias que não se encaixam em nenhuma das
duas categorias, mas são relevantes e devem ser lembradas.
Com
ideias organizadas, a eficiência da estratégia é muito mais
notável.
4. Mapa
Mental
O
mapa mental talvez seja a mais simples das técnicas propostas pelo
especialista. Mais conhecido por seu nome em inglês, o midmap foi
estabelecido por Tony Buzan, autoridade mundial em aprendizagem e
utilização da capacidade mental. Até hoje a ferramenta, que
revolucionou sua época, funciona muito bem na organização de
ideias.
A
partir de um único centro, todas as ideias e informações
relacionadas são espalhadas pela folha. A principal vantagem dos
mapas mentais está na simplicidade de execução e aplicabilidade da
estratégia – em qualquer aspecto, seja tarefa profissional,
atividade pessoal ou de lazer, é possível irradiar ideias de um
centro comum.
Fonte:
Revista Exame, por Barbara Ladeia
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