A
estratégia nos negócios foi o tema central da passagem recente de Cynthia por
São Paulo para o HSM Management – Estratégia. Em entrevista à EXAME.com, a
especialista chamou executivos de volta à estratégia como principal ferramenta
de negócios. “As empresas têm basicamente readministrado estratégias, o que
está longe da liderança de fato”,
diz. “Ela não pode ser uma atividade como qualquer outra. Ela é a ferramenta
mais poderosa para elevação dos níveis de liderança.”
“Estratégia
começa com a clareza do que queremos ser”
Mais do
que pensar em como vender mais ou atingir seu cliente em cheio, Cinthya vê nos
movimentos internos o primeiro passo de uma estratégia bem desenhada. “A
estratégia vinha se concentrando na relação do ambiente com seus parceiros e
clientes e, por alguns anos, a estratégia interna foi deixada de lado”, diz.
Por
isso, antes de começar a mexer nas relações externas, Cynthia acredita é
essencial ter todo o caminho muito bem pavimentado da porta da empresa para
dentro. “É preciso realmente imaginar e idealizar o que queremos ser, porque
isso é o que realmente importa.”
No
manifesto, Cynthia não deixa dúvidas de que tudo começa com um exercício de criatividade.
“Uma estratégia de sucesso começa com imaginação, propósito e uma conexão
profunda dos clientes”, diz. “Isso evolui o tempo todo, e um líder ganha a
responsabilidade de desenhar o caminho para que a companhia continue a ser
relevante.”
“Implementação
e estratégia são igualmente importantes”
O
alinhamento da estratégia com os funcionários não é um mero cascatear de
informações. “É preciso construir um modelo de negócios que opere respirando a
estratégia”, afirma Cynthia. “Essa estratégia tem de vestir o propósito da
empresa”.
Por isso a implementação de uma
estratégia é crucial para que o resultado seja favorável. “Chega a ser estúpido
achar que a implementação da estratégia não é tão nobre quanto a elaboração
dela”, afirma.
“Os
jovens são a chave do reino”
Parece
uma profecia, mas Cynthia garante que os jovens já estão mudando muito a forma
dos mais velhos lidarem com a estratégia interna. “Jovens não trabalham em
empresas onde falta transparência ou não há uma filosofia em que de fato
acreditam”, diz.
Para
eles, essencial é criar significado para a empresa e para o trabalho. Com isso,
perguntas como “quem somos” e “quem queremos ser” precisam ser respondidas
claramente pela estratégia da companhia.
“É
preciso motivar o emocional”
Dinheiro
é bom e todo o mundo gosta. Mas nem só de remuneração, benefícios e
compensações materiais vive uma equipe. A elaboração de um real significado
para a empresa e o trabalho são fortes elementos motivadores para o lado
emocional. “Por isso a transparência é importante. Os funcionários precisam
saber e concordar o trajeto e o lugar onde pretendem chegar.”
Fonte: Revista Exame, por Bárbara Ladeia.
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